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domingo, 27 de novembro de 2011

RELATÓRIO DE EXPERIÊNCIA DA APLICAÇÃO DO PLANO DE AULA

CORDEL: RIQUEZA DA CULTURA NORDESTINA

Introdução

            O presente relatório solicitado pelo professor Ricardo Pacheco, da disciplina Metodologia do Ensino da História II, abordará a descrição das aulas planejadas para uma turma de 3º ano, de uma escola municipal de Olinda, e os resultados obtidos ao final do planejamento.
            A metodologia utilizada para as aulas foi a Educação Patrimonial, tendo como tema: “Cordel: Riqueza da cultura nordestina”.  O planejamento foi feito para 4 aulas,  tendo como objetivo principal o  reconhecimento e valorização da literatura de cordel como objeto cultural nordestino.  Apesar de alguns entraves para a aplicação do plano de aula, pois a direção da escola e os pais não autorizaram a visita ao Museu do Homem do Nordeste, a repercussão foi muito boa, fazendo com que os alunos, a professora regente e a direção gostassem da ideia, chegando a afirmar que a visita ao Museu seria realmente muito importante.

Método e técnicas

            Inicialmente foi feita uma roda de conversa para verificação dos conhecimentos prévios dos alunos sobre a literatura de cordel, se os mesmos já tinham visto um cordel/xilogravura antes, fazendo depois uma relação com a abertura da novela “Cordel Encantado”, que teve uma boa interação da turma e cada um queria dar sua opinião. Em seguida foram apresentadas fotografias e cordéis de Severino Borges, sendo abordado um pouco de sua biografia, foi abordado ainda como surgiu o cordel, onde é encontrado, porque é chamado desta forma e como são feitas as xilogravuras.
            Na segunda aula foi apresentados um vídeo um que produzi sobre o cordel, um com um cordel animado sobre o coronel e o lobisomem (link nas referências) e um com a abertura da novela “Cordel Encantado” (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=MbnWVaztPFA&feature=related), todos de curta duração, para fazer um novo comentário e comparações das histórias contidas nos folhetos e a história do cordel animado e da abertura da novela. Foram mostradas ainda, fotografias da maquina tipográfica minerva e dos moldes usados para fazer a xilogravura, que tirei no museu e levei para eles já que a visita não aconteceu, além de outras fotografias pesquisadas na internet, sendo abordado todo o processo de confecção. Em seguida, as crianças começaram a preparação da “Feira de Cordel”, sendo divididas em grupos para a confecção dos cordéis, retratando suas histórias de vida.
            Na terceira aula, a confecção dos cordéis foi retomada para que fossem feitas as xilogravuras com isopor (reaproveitamento de embalagem de frios), onde os discentes desenharam livremente e depois passaram tinta, sobrepondo em seguida na folha de isopor, fazendo então a capa, e dispuseram barbantes na sala para expor os cordéis originais e os eu foram produzidos na sala. Logo após os alunos confeccionaram os convites da “feira”, e os murais com as fotografias.
            A ultima aula foi a culminância, a visita das outras turmas e da direção da escola à “Feira de Cordel” na sala de aula, onde os alunos apresentaram a vida e as obras do artista Severino Borges, falaram da cultura nordestina, onde encontramos os cordéis e como são feitos, e o melhor, eles gostaram tanto das aulas e da produção das xilogravuras que pediram para fazer uma oficina na exposição.

Resultados e discussão

            Por apreciar bastante a literatura de cordel e considera-la um excelente objeto para ser trabalhado em sala de aula, pois tem um grande valor cultural, é que o tema foi escolhido para o meu planejamento, tendo como objetivo trabalhar a Educação Patrimonial.
            Segundo Pacheco, “os PCN’s propõem que o ensino de história na educação básica parta de temas e objetos próximos ao contexto social do educando, relacionando-os a outros tempos e/ou espaços”, sendo assim, com intuito de atender a esta perspectiva o objeto escolhido para o estudo foi o cordel, e através dele foram desencadeados outros subtemas. Horta (1999) conceitua a Educação Patrimonial como “um processo permanente e sistemático de trabalho educacional, centrado no Patrimônio Cultural como fonte primária de conhecimento individual e coletivo”, ou seja, a autora afirma que significa tomar como ponto de partida os objetos e expressões do patrimônio cultural para uma atividade pedagógica, podendo ser feitas observações, questionamentos e explorações em vários aspectos, sendo transformados em conceitos e conhecimentos.
            A aplicação do plano de aula teve uma repercussão muito boa e positiva, exceto a tomada de fotos que não foi autorizada e a visita ao Museu que foi cancelada, pois não tive a autorização da escola nem dos pais, fazendo com que diminuísse uma aula, quando na realidade o plano foi feito para 5 aulas, tendo que ser feita a exibição de alguns videos para compensar a visita. Mas no demais tive uma experiência muito boa, pois os alunos interagiram muito bem tanto comigo como entre si, fazendo comentários durante as aulas, principalmente na relação que foi feita com a abertura da novela “Cordel Encantado”. Eles se interessaram bastante pelo vídeo e ficaram encantados com o processo de confecção do cordel e com a produção feita em sala, dando a ideia de ensinar a fazer a xilogravura aos amigos na “Feira de Cordel”. A professora regente e a direção da escola gostaram muito das atividades planejadas, principalmente porque os alunos reagiram muito bem, envolvendo também a direção na oficina de xilogravura, que abordou no final de toda a aplicação que seria muito importante a visita ao Museu, mas que muitos pais não entendem a situação.
            As aulas atenderam aos objetivos propostos e para minha surpresa foi um pouco mais além, pois os alunos se apropriaram tanto do objeto cultural estudado que tiveram a ideia de fazer a oficina de xilogravura na “Feira de cordel” para poder  passar um pouco mais dos conhecimentos que tinham adquirido, participando ativamente de todas as atividades, expressando entusiasmo e interesse.






Referências:

HORTA, Maria de Lurdes Parreiras; GRUNBERG, Evelina; MONTEIRO, Adriane Queiroz. Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasilia: IPHAN, Museu Imperial, 1999.

PACHECO, Ricardo de Aguiar. O ensino de história com base na Educação Patrimonial e Estudo do Meio. Caderno do CEOM – Ano 22, n 31. Espaço de memória: abordagens e práticas.


UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
ALUNA: Raquel de Lima
CURSO: Pedagogia / 8º período
PROFESSOR: Ricardo Pacheco
DISCIPLINA: Metodologia do Ensino da História II

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

15 DE OUTUBRO - DIA DO PROFESSOR

SER PROFESSOR...





Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo vale a pena se o aluno sentir-se feliz pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou...

Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única e original...

Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...

Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado.

Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena sem sair do espetáculo".

Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ATIVIDADE DE AVALIÇÃO ( MET. DO ENS. DA HISTÓRIA II) PLANO DE AULA


Cordel: Riqueza da cultura nordestina



COMPONENTE CURRICULAR: História
TEMPO ESTIMADO: 5 aulas
CONTEÚDOS: Xilogravura, cordel, cultura popular nordestina
SÉRIE: 3º ano

OBJETIVO GERAL:
Ø  Reconhecer a literatura de cordel como objeto cultural, valorizando sua importância para a cultura popular nordestina.

OBJETIVOS ESPECIFICOS:
Ø  Valorizar o artista pernambucano e sua arte;
Ø  Conhecer e identificar as obras de Severino Borges;
Ø  Reconhecer a importância de Severino Borges para a cultura popular;
Ø  Interagir e respeitar a diversidade cultural pernambucana e suas diferentes manifestações;
Ø  Expressar ideias e sentimentos ao interagir com obras/cordel de Severino Borges
Ø  Identificar e reconhecer o museu como um espaço onde são guardados e preservados diferentes documentos históricos e culturais;
Ø  Confeccionar cordel contando a história de vida dos alunos em forma de poema.

METODOLOGIA:

1º Aula:


Xilogravura de Severino Borges
    
     A aula terá início com uma roda de conversa para verificar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o trabalho de artistas que fazem cordel. Logo após será feita uma ligação do assunto com a abertura da novela “Cordel Encantado”, onde são apresentadas algumas xilogravuras. Em seguida serão apresentados algumas fotografias e cordéis de Severino Borges e os alunos serão instigados a falar se já viram um cordel antes e sobre o que acham de se fazer arte desta forma. Os discentes manusearão os cordéis e farão novas relações com abertura da novela citada, sendo abordada ainda a questão de como é feita a xilogravura e os locais onde encontramos o cordel, explicando porque ele é chamado desta forma.

2º Aula:

            Os alunos farão uma visita ao Museu do Homem do Nordeste para terem contato direto com os instrumentos utilizados para a xilogravura, ou seja, a máquina tipográfica Minerva, que realiza impressões de cordel e xilogravura, e também os moldes com as figuras para o “carimbo” da ilustração. Os alunos tirarão fotografias dos objetos estudados.

3ª Aula:        


Processo de confecção dos desenhos da xilogravura
            Será feito um novo debate sobre os conhecimentos históricos e culturais que foram vistos no Museu para o levantamento de novas hipóteses, enfocando como são feitos os desenhos das xilogravuras. Em seguida as crianças irão construir a “Feira de Cordel” na sala, para isso elas serão divididas em grupos e receberão alguns cordéis para a confecção de suas próprias artes, ou seja, farão também um cordel com poemas que retratem suas histórias, e ilustrarão com xilogravura feita com papel ofício e isopor (pode ser reaproveitamento de embalagens de frios), no qual os discentes irão desenhar demarcando-o, passarão tinta em todo o isopor e irão sobrepor na folha de oficio, pressionando para imprimir o desenho que será a capa do livro. Serão tiradas fotografias durante toda a produção.

4ª Aula:
            Após a confecção e secagem dos cordéis, as crianças irão confeccionar um convite para a visita da “feira de cordel” na sala de aula. Depois serão confeccionados murais com as fotografias tiradas no Museu do Homem do Nordeste e do processo de confecção das obras dos alunos para que fiquem expostas na “feira”. Os discentes irão dispor barbantes na sala para expor o cordel original e o que foi produzido por eles.

5ª Aula:

            Será a visita dos colegas de outras turmas e da direção da escola à “Feira de Cordel” na própria sala de aula, onde os alunos irão apresentar as obras do artista Severino Borges e falar também de sua biografia, da cultura pernambucana, onde os cordéis são encontrados, como as obras são impressas, fazendo relações com a máquina vista na exposição do Museu, e mostrando-a através das fotos que foram tiradas.

RECURSOS DIDÁTICOS:

            Cordel, fita durex, jornal, revistas, tesoura de ponta arredondada, pincel, tinta guache, isopor (reaproveitamento de embalagens de frios), barbante, fotografias e câmera fotográfica.

AVALIAÇÃO:
            A avaliação acontecerá de forma contínua, durante o período de organização e realização das atividades, objetivando atender às necessidades que surgirão no decorrer do processo. Serão observados o desempenho, compromisso e produção de todos no que se refere aos conhecimentos, interesse, expressividade, entusiasmo e harmonia com os objetivos propostos.


REFERÊNCIAS:



  • HORTA, Maria de Lurdes Parreiras; GRUNBERG, Evelina; MONTEIRO, Adriane Queiroz. Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasilia: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional / Museu Imperial, 1999.
  • PACHECO, Ricardo de Aguiar. O ensino de historia com base na Educação Patrimonial e no Estudo do Meio. Caderno do CEOM - Ano 22, n 31. Espaço de memória:abordagens e práticas.
 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
ALUNA: Raquel de Lima
CURSO: Pedagogia / 8º Período
PROFESSOR: Ricardo Pacheco
DISCIPLINA: Metodologia do Ensino da História II